Mesa de Reflexão 3

Data

  • Segunda, dia 26 de setembro, das 11h30 às 13h30 - Paidéia Associação Cultural

Tema central - X Festival Paidéia

Qual é o lugar do teatro para crianças hoje?

Esta questão é o tema central desta edição e pretende refletir e debater sobre o espaço que o teatro para crianças ocupa na vida de uma sociedade, considerando as diferentes culturas.

A intenção do Festival este ano é que todas as mesas partam deste tema para que ele seja desenvolvido continuamente durante todo o festival.

Como sub-tema das mesas de reflexão, teremos:

Mesa de Reflexão 3

Como é a política para o teatro na educação no Brasil e nos outros países?

Qual é o papel dos artistas e dos profissionais da educação nesse âmbito?

Participantes:

  • Luvel Garcia Leyva (Cuba) - Pedagogo, crítico e pesquisador teatral
  • Sandra Vargas (Brasil) - Atriz e fundadora do grupo Sobrevento (São Paulo)
  • Paulo Merísio (Brasil) - Diretor do grupo Trupe de Truões ( Uberlândia) e membro do Conselho Administrativo do Centro Brasileiro de Teatro para a Infância e Juventude – CBTIJ
  • Mediação: Valmir Santos (Brasil) - Jornalista e escritor

Sobre os participantes

Luvel Garcia Leyva é pedagogo, critico e pesquisador teatral. Bolsista de Mestrado da FAPESP nível MS2, Foi bolsista CAPES nivel mestrado agosto 2013- julio 2014. Possui graduação em Arte Teatral perfil teatrologia na Faculdade de Artes Cênicas do Instituto Superior da Arte de Cuba (2004), Diplomado em Trabalho Comunitário na Educação Popular na Associação de Pedagogos de Cuba (2007). Tem trabalhado no campo da Cooperação Internacional em projetos de desenvolvimento cultural e educativo infantil e juvenil, com entidades internacionais (IDEA), com a ONG suíça Zunzún (em parceria com a Academia Suíça para o Desenvolvimento), com a ONG italiana GVC ONLUS - Grupo de Voluntariato Civile- (em parceria com a União Europeia), entre outras. Foi professor em várias instituições da Educação Artística em Cuba. Tem sido assessor dramático da televisão cubana. Durante doze anos atuou como Especialista de Teatro Infantil no Teatro Nacional de Cuba. Foi Membro do Comitê Executivo Mundial da Associação Internacional de Teatro/Drama e Educação como Diretor de Jovem IDEA (IDEA 2010-2013). Tem dado oficinas, cursos de formação de formadores e palestras sobre o trabalho teatral com crianças em Centros de Estudos em Arte, Universidades, Institutos, Centros Comunitários, ONGs de Cuba, México, Hong Kong, Coreia do Sul, Colômbia, Reino Unido, Guatemala, Brasil. Como critico e pesquisador teatral vem atuando principalmente em torno dos seguintes temas: teatro infantil contemporâneo, teatro com crianças, pedagogia teatral.

Sandra Vargas é formada como Bacharel em Artes Cênicas, com habilitação em Interpretação Teatral pela Universidade do Rio de Janeiro (Uni-Rio). É uma das fundadoras do GRUPO SOBREVENTO, um dos mais importantes Grupos de Teatro do País, reconhecido como um dos maiores especialistas brasileiros em Teatro de Bonecos e de Animação. Esteve indicada, em 1989, como Melhor Atriz e Revelação de Melhor Atriz para os PRÊMIOS MAMBEMBE E COCA-COLA. Em 2000, ganhou o PRÊMIO APCA (da Associação Paulista de Críticos de Arte) de MELHOR ATRIZ. Com o SOBREVENTO, em 1988, recebeu bolsa de estudo do governo francês para fazer curso com o marionetista Phillipe Genty, da Companhia Phillipe Genty, de Paris, e com Yves Marc e Claire Heggen, da Companhia Théâtre du Mouvement, também de Paris. Representou o Brasil no I Encontro Sul Americano de Marionetistas, em Trujillo, Peru, em 1988. Criou os espetáculos Ato sem Palavras, Um Conto de Hoffmann, Sagruchiam Badrek, Mozart Moments, Beckett, O Theatro de Brinquedo, Ubu!, Cadê o meu Herói?, O Anjo e a Princesa, Brasil pra Brasileiro Ver, Submundo, O Cabaré dos Quase-Vivos e O Copo de Leite, com os quais fez temporadas em dezenas de cidades de vários estados. Participou dos Festivais Internacionais de Teatro de Campinas, Canela, Curitiba, Porto Alegre, entre outros, e ganhou os Prêmios Coca-Cola de Teatro Infantil e Maria Mazzetti (da RioArte) em 1991, o Prêmio Coca-Cola de Teatro Jovem em 1995, o Prêmio Mambembe (da Funarte/Ministério da Cultura) em 1999 e, em 1995 e 1996, por duas vezes consecutivas recebeu o Prêmio Estímulo (do Ministério da Cultura), pelo conjunto dos trabalhos realizados e “pela sua contribuição ao panorama das Artes e à Cultura do país”. Por seu trabalho de pesquisa - e, mais especificamente, pelo desenvolvimento do Teatro de Animação -, esteve indicada, junto ao SOBREVENTO, para os PRÊMIOS SHELL e MAMBEMBE. SANDRA VARGAS trabalha como atriz e manipuladora em todos os espetáculos do GRUPO SOBREVENTO e organizou a Mostra Internacional de Teatro de Animação RIO BONECOS 92 (no Centro Cultural Banco do Brasil) e a MOSTRA MARIA MAZZETTI DE TEATRO DE BONECOS 95 (no Teatro Ziembinski), que trouxe ao Rio de Janeiro e a São Paulo Companhias da China, Espanha, Suécia, França, Chile, Argentina, além de Grupos e solistas de outros estados do Brasil, além de ter sido curadora do Primeiro Festival Internacional de Teatro do Rio de Janeiro, RIO CENA CONTEMPORÂNEA, em 1996. Com o GRUPO SOBREVENTO, promoveu, também, palestras, mesas-redondas e oficinas (destinadas a professores, crianças, jovens, ou profissionais de Teatro) em diversas áreas do Teatro de Animação, em várias cidades, como São Paulo, São Carlos, Santos, Ribeirão Preto, Bauru e Rio de Janeiro, entre outras. Em São Paulo, em 1994, promoveu junto à Oficina Cultural Amácio Mazzaropi, uma oficina com duração de três meses, para formação de profissionais nas áreas de interpretação, direção e confecção no Teatro de Bonecos. Em janeiro de 1995, promoveu na Universidade Católica Blas Cañas, em Santiago do Chile, com duração de um mês, uma Oficina de Teatro de Animação, para professores, o curso teve o reconhecimento do Ministério de Educação do Chile. Apresentou-se, com diferentes peças de seu repertório em dezenas de cidades brasileiras e em diversas cidades do Chile (1996 e 2002), Colômbia (1998 e 2002), Espanha (1997, 1999, 2000, 2001, 2004 e 2007), Irlanda (2000), Escócia (2000), Argentina (2001 – duas turnês) e Angola (2004).

Paulo Merisio é graduado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal Fluminense (1987), em Artes Cênicas – habilitação Cenografia, pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (1991); Mestre em Teatro pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (1999) e Doutor em Teatro pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (2005). Formado ator pela Escola de Teatro Martins Penna (1993). Atualmente é professor do Curso de Teatro e dos Programas de Pós-Graduação em Artes Cênicas e em Ensino de Artes Cênicas da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro. Bolsista  do Programa Jovens Cientistas do Nosso Estado 2013 (FAPERJ). Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq - PQ 2 (Março de 2010 a Fevereiro de 2016). Coordenou o Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas/ UNIRIO de 2011 a 2013, em que esteve à frente de dois importantes projetos aprovados em 2012 pela Capes: Mestrado Profissional em Ensino de Artes Cênicas e DINTER UNIRIO/UFU. Coordena o Programa de Pós-Graduação em Ensino de Artes Cênicas e o Laboratório Espaço de Estudos sobre o Cômico (LEEC)/ CLA/ UNIRIO. Integra o Grupo de Estudos de História e Historiografia do Espetáculo (GEHHE), antigo GETC, iniciado em 1996 e coordena o Grupo de Estudos e Pesquisa em Processos de Criação no Teatro para a Infância e Juventude. Realizou pesquisa de pós-doutorado na Université de Paris Ouest / Nanterre La Défense, vinculada ao CRILUS, sob a supervisão de Idelette Muzart-Fonseca dos Santos  e com Bolsa Capes - BEX 3266/13-3. Atuou de 2000 a 2009 como professor no Curso de Teatro e de 2009 a 2012 no Mestrado em Artes, da Universidade Federal de Uberlândia. Tem experiência na área de Artes, com ênfase em Interpretação e direção Teatral, atuando principalmente nos seguintes temas: interpretação teatral, encenação, teatro infantojuvenil, espaço cênico, melodrama, circo-teatro e teatro popular. Dirige, desde 2002, o grupo uberlandense Trupe de Truões, no qual foi um dos coordenadores pedagógicos do Ponto de Cultura (MG) Trupe de Truões – 2009-2013, grupo que já obteve vários prêmios em festivais nacionais e participou em 2013 do Circuito SESC/ Palco Giratório (http://www.trupedetruoes.com.br/). No Rio de Janeiro dirige, desde 2011, a Cia. Melodramática do RJ. Membro do Conselho Administrativo do Centro Brasileiro de Teatro para a Infância e Juventude - CBTIJ / desde 2010. Parecerista ad-hoc – Capes, CNPq, FAPERJ, Fapemig, FAPESP.

Valmir Santos é jornalista que se dedica à cobertura de teatro desde 1992. Mestre em Teatro pelo Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP), exerceu as funções de repórter e redator nos jornais Folha de S.Paulo (1998-2008) e O Diário de Mogi (1989-1996), Mogi das Cruzes, São Paulo. Colaborou com reportagens e críticas no jornal Valor Econômico e na revista Bravo!. Edita o site Teatrojornal - Leituras de Cena, desde maio de 2010. Tem passagens de cobertura jornalística por festivais e encontros de Artes Cênicas em Avignon, Moscou, Berlim, Praga, Buenos Aires, Montevidéu, Santiago e Bogotá, além do circuito nacional (Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Londrina, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, São José dos Campos e São José do Rio Preto). Integra o júri paulista do Prêmio Shell de Teatro, de 2003 a 2011. É autor de livros com perfis históricos dos grupos Parlapatões (SP), Armazém Companhia de Teatro (RJ), Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz (RS) e Grupo XIX de Teatro (SP). Publica o livro "A História em Cena", em 2010, obra relativa aos 35 anos do Teatro Faap, de São Paulo, editada pela instituição que lhe dá nome. Foi cofundador do Grupo Pombas Urbanas, em 1989, em São Miguel, bairro da zona leste paulistana, onde nasceu, tendo integrado o núcleo dirigido por Lino Rojas nos três primeiros anos de sua fase amadora.

Documentação das mesas

Todo o conteúdo das mesas de reflexão deste ano será documentado em uma revista especial de comemoração aos dez anos do Festival Internacional Paidéia de Teatro para crianças e jovens. Para este trabalho a Paidéia convidou a escritora e dramaturga Márcia Rigina Rodrigues.

Márcia Regina Rodrigues é autora das peças Santa Maria do Egito e Uma flor no meio do nada, levadas à cena pela Cia. Paideia de Teatro. Adaptou para o palco a obra infantil Histórias para pensar com a barriga, de Marilia Fiorillo, tendo sido a peça homônima encenada também pela Paideia. Em 2013, escreveu o texto infantil São Jorge vence o dragão, encenado no mesmo ano no Rio de Janeiro; em 2015, a leitura de São Jorge vence o dragão foi gravada em cd por atores e músicos. É também doutora em Estudos Literários e autora do e-book Traços épico-brechtianos na dramaturgia portuguesa: O render dos heróis, de Cardoso Pires e Felizmente, há luar!, de Sttau Monteiro, pela Cultura Acadêmica / Editora da UNESP (2010). Atualmente desenvolve pesquisa de Pós-Doutorado em Estudos Literários no Departamento de Literatura da Faculdade de Letras da UNESP de Araraquara.