Sinopse: Através de sete cenas curtas Anatol percorre um circuito de encontros e desencontros amorosos. Burguesas, atrizes, prostitutas, costureiras são objeto de curiosidade e desejo de Anatol, sem distinção de idade (jovens ou maduras) nem de estado civil (Casadas ou solteiras). As que se apaixonam, as que traem, as que se divertem, as que sofrem: Juntas formam um rico painel de observação do feminino e, na sua diversidade, revelam a vulnerabilidade do Homem, em sua falsa crença de domínio e supremacia. Os sete episódios são intercalados pelos diálogos ácidos entre Anatol e o amigo Max (espécie de seu duplo) que ironizam os devaneios e arrebatamentos da paixão.
Apresentações:
Sábado, dia 05 de maio, às 20h00.
Domingo, dia 06 de maio, às 19h00.
Duração: 80 minutos. Classificação Indicativa: 12 anos
Ingresso: R$ 30 (ingresso solidário), R$ 20 (inteira), R$ 10 (meia), R$ 5 (alunos Paideia)
A direção:
Em tempos de Tinder e outros aplicativos de relacionamento, Anatol parece uma peça escrita hoje. Apenas o primeiro episódio, que aborda uma sessão de hipnose, ficaria restrito ao tempo em que a peça foi escrita. E talvez esse seja o ponto de partida da montagem, que depois de apresentar essa cena como um prólogo, puderia estender a ideia de hipnose ao público, com o convite para que feche os olhos e mergulhe em uma viajem através do tempo, que começasse na Viena da virada do século XIX e chegasse aos nossos dias. Em Oito e meio de Fellini, somos convidados a algo semelhante, o filme em episódios – que remonta ao teatro medieval de estações, sem as unidades de tempo, espaço e ação do teatro clássico – é referência clara e citação sem pudor, sobretudo na cena em que Guido (Marcelo Mastroiani), com um chicote na mão, tenta domar as mulheres da sua vida. Delírio onírico de teor Freudiano, humor deslavado e lírico. Teria Fellini bebido em Schnitzler? Mesmo que não, nada nos impede de traçar a analogia e com essa chave abrir o portal da imaginação. O que vamos encontrar lá dentro, só os ensaios pode nos revelar e surpreender. Falar mais disso nesse momento seria como revelar o truque antes que o coelho esteja pronto para sair da cartola.
Eduardo Tolentino de Araujo
GRUPO TAPA acumulou oitenta e dois prêmios da crítica teatral em 38 anos de existência Um dos mais tradicionais e importantes grupos da cena teatral paulistana, o TAPA se notabiliza por seu repertório voltado aos autores clássicos. Sua trajetória inclui a maior parte dos grande autores da dramaturgia universal, como Tchekhov, Shakespeare, Molière, Ibsen, Strindberg, Maquiavel, Piradello e muito outros. Entre os autores brasileiros encenados pelo TAPA destacam-se Nelson Rodrigues, Plínio Marcos, Millôr Fernandes, Jorge Andrade, Artur Azevedo, Oduvaldo Vianna Filho, entre outros. Além do cuidado com a escolha do autor e no trato com o texto, outro foco do grupo é o ator, razão pela qual dedica grande atenção à preparação e à formação técnica de seus integrantes. O TAPA realiza ainda grupos de estudos regulares para os atores e também atua como formador de público, para o qual realiza palestras, seminários, leituras dramáticas abertas, entre outros eventos.
Ficha técnica:
Texto: Arthur Schnitzler
Tradução: Eduardo Tolentino de Araujo / Fernando Navarro
Direção: Eduardo Tolentino de Araujo
Elenco: Adriano Bedin, Antoniela Canto, Ariel Cannal, Athena Beal, Bruno Barchesi, Camila Czerkes, Cinthya Hussey, Isabella Lemos
Produção Geral: Ariel Cannal