Homenagem a Dulce Maia e peça “Santo Dias – da roça à fábrica”

SOBRE DULCE MAIA:

Foi produtora cultural e militante ativa da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR) desde a formação da organização clandestina de resistência a ditadura. Foi a primeira mulher presa e barbaramente torturada pelo regime militar, em janeiro de 1969. Como resultado das torturas que sofreu, Dulce conviveu com vários problemas de saúde, sequelas que a acompanharam até os seus últimos dias de vida. Dulce faleceu em maio deste ano.

Em junho de 1970, por ocasião da captura do embaixador alemão, Dulce, junto com outros 69 presos e presas, saiu da cela diretamente para um avião militar, ainda algemada, e voou para a Argélia, país recém-libertado do colonialismo francês. Depois da Argélia seguiu para Cuba, em busca de tratamento médico.

Em 1973, estava no Chile, quando Pinochet derrubou Allende. Foi, então, para o México e depois para a Bélgica. Lá ficou até abril de 1975, quando aterrissou em Lisboa, onde a ditadura de Salazar havia caído. O último destino de Dulce antes da volta ao Brasil foi Guiné-Bissau. Em 1979, com a Lei da Anistia, foi a primeira exilada a retornar ao País.

De volta ao Brasil, recomeçou sua vida e foi diretora da ONG Ecoatlântica e da Econsenso (co-gestora do Parque Nacional da Serra da Bocaina). Criou na cidade de Cunha, onde passou a residir, a Associação e a Escola Carlito Maia.

24/06, sábado
19h – homenagem para Dulce Maia
20h – espetáculo “Santo Dias – da roça à fábrica” em homenagem a Dulce Maia

Indicação etária: 12+
Ingressos: gratuitos
Duração do espetáculo “Santo Dias”: 80 min

SOBRE O ESPETÁCULO “SANTO DIAS – DA ROÇA À FÁBRICA” com Núcleo de Vivência Teatral Paidéia, Coral Paidéia e Choro da Goiabeira:

Com este espetáculo a Paidéia coloca no palco o resultado de processo do trabalho com os jovens participantes do Núcleo de Vivência Teatral e Coral Paidéia. No último ano o escolhido foi João do Vale, compositor e poeta popular. Como forma de prestar uma singela homenagem em sua memória, agora o escolhido é Santo Dias, líder operário assassinado quando junto com seus companheiros lutava por democracia e melhores condições de vida. Texto escrito a partir do livro “Santo Dias -Quando o passado se transforma em História”, com o apoio e estímulo de sua filha Luciana Dias e da família de Santo Dias.

 

Ficha técnica

Texto, pesquisa e direção geral: Amauri Falseti / Direção de cenas: Amauri Falseti, Carolina Chmielewski, Suzana Azevedo e Valdênio José / Direção musical: Marcos Iki,Camila Amorin e Rogério Modesto / Coordenação do coral: Marcos Iki / Músicos: Integrantes do Choro da Goiabeira / Elenco: Núcleo de Vivência Teatral Paidéia e Coral Paidéia.